quinta-feira, 28 de maio de 2009

Lisandra



Lisandra era amante do meu pai. Foi a última pessoa que o viu antes de morrer. Eles estavam em um motel em Poconé, quando meu pai se sentiu mal e disse que queria ir embora. Ele a deixou em casa e foi para a fazenda. No meio do caminho, começou a passar muito mal encostou a camioneta e teve um enfarte fulminante. Ele foi encontrado morto às 5h da manhã do dia seguinte pelo veterinário da fazenda.
Eu fui o único da família que falou com ela durante o velório e o enterro. Lembro-me bem que ela ficou no fundo da Igreja durante a missa de corpo presente. Chorava muito. Um dia, nos encontramos e ela veio me agradecer por minha atitude com ela no dia do seu enterro. Conversamos muito. Ela chorou bastante e disse que eu lembrava muito meu pai. Disse que se eu precisasse de qualquer coisa era só falar. Pedi a ela para posar para mim. Mas tinha de ser na posição favorita do meu pai. “- Tive de lembrá-la que havia dito qualquer coisa.” Fomos para a casa dela, quando fiz esse desenho. Ela nunca mais olhou na minha cara.

Ursula


Ursula (como dizia se chamar) era garota de programa. Eu a conheci no Love Story em São Paulo no ano passado. Era uma pessoa super delicada. Tinha um carinho especial por seus clientes. Não sei se vocês me entendem mas foi a única vez que senti um clima de namorado entre mim e uma prostituta. Aliás, ela não gostava de se chamada assim (a não ser um “putinha” de vez em quando, durante a transa). Era linda. Tinha olhos verdes e era loira original. Viciadassa em cocaína, ganhava quase cinco mil por semana e torrava tudo em pó. Sua família era de uma cidade chamada Viamão no Rio Grande do Sul. Como não sei o seu sobrenome, não posso saber direito mas acho que ela era de ascendência alemã. Ela tinha uma história triste como de todas as garotas de programa que conheci: padrasto estuprador, irmão traficante e por aí ia.
Não sei por onde ela anda. O celular que tenho dela não responde e nunca mais respondeu meus e-mails. O porteiro do flat em que ela morava também não sabe dela, disse que um dia desses não voltou mais. Nem para pegar os pertences pessoais que ficaram.
Pousou algumas vezes para mim. Esse é o melhor desenho que eu fiz dela.

Maria


Maria nasceu em Santiago no Chile. Mudou-se para o Brasil quando tinha ainda três anos de idade. Sua mãe era espanhola e o pai chileno. Eu a conheci em Barcelona em 2004 em uma agência de turismos. Eu fui procurar informações sobre uma visita guiada pelas obras do Antoni Gaudí. Fiquei maravilhado por aquela jovem morena de quase 1,80 metro que me atendeu. Naquela ocasião disse que era brasileira e que a agência dela não fazia esse tipo de visita guiada. Entretanto, ela me deu um guia com um mapa que indicava todos os prédios do Gaudí e contava a história dos projetos e ainda trazia alguns desenhos também. Maria fez FFLCH-USP e estava em Barcelona fazendo mestrado (um tipo de bolsa sanduíche – seja lá o que for isso!!!) e fazia bico nessa agência e voltaria para defender a sua dissertação. Ela já me disse o nome do autor catalão que estuda um milhão de vezes, miseravelmente eu me esqueço sempre do dito cujo.
Quando fui fazer o seu retrato ela ficou muito relaxada e fumou um baseado para entrar no clima. Considero esse um dos meus melhores trabalhos até agora.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Nanci


“- Quanto você me paga para eu posar nua para você?” Foi o que ouvi da Nanci quando perguntei se ela tiraria a roupa para eu fazer o seu desenho. Expliquei a ela que como não era profissional não tenho o costume de pagar por modelos, e que todas elas era amigas ou conhecidas que se dispunha de bom grado a ser modelos por um dia. Perguntou, então, o que ganharia com isso? Mais uma vez, expliquei que só poderia lhe dar uma cópia do desenho e mais nada. “– É pouco. Você vai ficar aí no bem bom me olhando pelada e eu não ganho nada? Se liga! Tem muita gente que paga só para ver” Eu disse que dinheiro estava fora de cogitação. Então, ele pediu que eu ficasse pelado para ela me desenhar. Eu topei. Eis o resultado. É assim que a minha querida Nanci me vê.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Carolina


Quando a Carol topou posar para mim, eu achei que fosse só mais um dos seus mimos. Ela é do tipo que sabe que é gostosa e que está todo mundo pagando pau. Por isso, gosta de provocar por provocar. Eu nem levei a sério (talvez seja essa a razão de ter dado certo). Quando a conheci, ela trabalhava em uma loja de roupas no Iguatemi. A família dela é de Catanduva. Ela veio para São Paulo fazer Marketing na ESPM. Mas ao que parece nunca freqüentou o curso. Entrou numas de trabalhar como modelo em estande de eventos e queria ser modelo. Atualmente, acho que ela desistiu de tudo e procura um marido rico que a sustente. Vai achar com certeza.
Durante o ensaio, ela tomou uma garrafa inteira de Don Melchor, safra 2005. Tive de vestir a roupa nela quando terminei o desenho para levá-la para casa. Não. Eu nunca tiro proveito da situação. Por isso, elas topam posar para mim. Lembrem-se: Eu sou só um gordão bocomoco e filhinho de papai rico.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sophia


A história desse desenho é bem engraçada. Era para ser um desenho das duas irmãs Sophia e Helena. Eu as conheci em Ilhabela no verão de 2004. Mantivemos contato por um tempo e a Helena chegou a namorar o meu irmão no período em que ele esteve divorciado. Quando elas, que são de Santos, vieram a São Paulo – acho que em 2007 – eu mostrei os meus desenhos para elas e perguntei se elas não posariam para mim. Primeiro recusaram, depois a Helena disse que só faria isso se estivesse muito bêbada. Numa noite em que saímos juntos e fomos jantar no Spot e soquei vinho nas duas. E cobrei a Helena da promessa. Saímos de lá para um motel com a garantia de que “nada” iria acontecer. Chegando lá, a Helena deu para trás. Como já tinha bebido demais, se deitou e desmaiou. Foi aí que a Sophia, de livre e espontânea vontade disse: “Me desenha que eu tiro a roupa para você.” Fiz dois desenhos. Este de costas e outro de frente. A tatuagem é da Helena que fiz depois com nanquim. (Ah, depois eu coloco o outro desenho)

Илана


Essa história de que um desenhista come as suas modelos é quase sempre balela.
Tem gente que acha que eu comi todas as mulheres que já desenhei. Mas isso não é verdade. Quem me conhece sabe que eu não sou exatamente um Jack Dawson (Di Caprio no Titanic). Muito pelo contrário; eu sou na verdade um baita gordão bocomoco. Eu acho que talvez isso convença as mulheres a tirarem a roupa mais facilmente para mim. Os gordinhos simpáticos são inofensivos, não é mesmo?
Bom, essa é a Ilana. Uma das minhas raras modelos com quem fui para cama. Aliás, eu primeiro transei com ela e depois a desenhei. Dos meus desenhos é um dos que eu menos gosto. Ele me parece com aquela sensação de pós-transa em que tudo perde a mística para você. Comecei a fazer com lápis – enquanto a Ilana posava para mim em um hotel em Minsk na Bielorrússia – e terminei com uma Roller-Tip Pen 0.5 de fabricação chinesa na área internacional do aeroporto de Frankfurt enquanto esperava uma conexão.
- É Ilana, você bem que merecia coisa melhor. Извините!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Carla


Carla posou para mim no dia em que soube que estava grávida. Não sei porque mas ela tinha uma piração de que ia ficar um bucho depois que o nenê nascesse. Eu achei na época que era uma tremenda bobagem. Como sempre quis desenhar a Carla, fiz coro para ela tirar a roupa para mim. Ela quis uma pose que mostrasse bem a boa forma dela, então eu pedi que ela pusesse os braços nas laterais da porta e abrisse as pernas. Tentei desenhar os pés e as mãos dela, mas não ficou muito bom, de modo que cortei isso no meu scam.
Isso foi em dezembro de 2007. O filho dela, meu xará Deigo (ou Dieguito), nasceu em setembro do ano passado. Carla foi uma das grávidas mais saudáveis que conheci, não teve enjôos, sangramentos etc. Ah, ele continuou linda como sempre fora após a gravidez. A gente vive falando em refazer esse desenho. Quando pintar, eu posto aqui. Prometo!

Jacqueline


A Jackie é minha prima de segundo grau. Filha do meu primo por parte de pai, Edílson. Ele não fala mais comigo desde que fiz esse desenho da Jackie. A coisa toda rolou na festa de Natal do ano passado. Eu vivia enchendo o saco da Jackie para posar para mim. Na véspera, ela me disse: “- Saí com você no amigo secreto. O que você vai querer de presente?” Eu não me lembro do que respondi. Depois, ela mesma lembrou: “Não quer me desenhar pelada?” No fim, era mentira. Ela tirou uma outra pessoa que não me lembro. Só sei que na hora da revelação fiquei muito decepcionado. Mais tarde com a cabeça cheia de vinho, ela disse que apareceria no meu quarto. “Não esquece o papel e o lápis”. Achei que era outra provocação. Então, com a festa ainda rolando, ela me puxou pelo braço e falou: “Vamos agora?”
Quando ela ficou nua na minha frente, quase tive um treco. Tive de me concentrar muito para o desenho sair. Ela é deslumbrante. Pena que o desenho não capte tudo.

Lia


Lia foi minha professora particular de Francês. Se eu não tivesse feito o retrato dela, nada de proveitoso teria saído daquelas aulas. Essa poseassim como dos óculos de sol – foi idéia dela. Eu acho que ela queria me deixar constrangido. Nossas aulas eram, em geral, no meu apartamento. Mas ela posou para mim no apê dela. Disse que não ficava muito a vontade de nua na casa dos outros.

Amanda


A Amanda era estagiária de um escritório de advocacia em frente ao prédio da minha avó. Quem primeiro fez amizade com ela foi a minha vó, quando passeava com os cachorros dela. A Amanda tem verdadeira adoração por cães. Ela tem um beagle e dois vira-latas que pegou na rua. Eu a conheci no aniversário de 90 anos da vovó, em um sítio em Atibaia. Eu a vi de biquíni e adorei o corpo dela. Bem magra, mas muito bonita. Ela disse que tinha vergonha do umbigo, que achava feio. Ela posou para mim em dezembro do ano passado. Ela fez o tradicional gesto do dedo médio para mim, enquanto posava. Eu não consegui desenhar isso, por isso a mão direita ficou tão ruim.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Silvia (uma opção melhor)

Sívia (eu acho)


Não gostei desse desenho. Achei que o ombro tá torto e o tórax está muito curto. Ela era muito mais bonita do que o meu desenho. Acho que o nome era Sílvia. Nunca mais a vi.

Nádia

Tentei fazer uma brincadeira com Photoshop e deu no que deu. Lamentável. Mas, maleu a tentativa.

Débora











Débora tem 27
anos, posou para mim em setembro do ano passado. Na época ela, acho que estava um pouco acima do peso, mas nada demais. Fiquei um pouco perplexo quando vi que ela depilava o púbis completamente. Sempre me pareceu muito comportada para isso. Se bem que atualmente...